Esses dias li em algum lugar: “Nunca fui mulher bem comportada.
Pudera, nunca tive vocação para alegria tímida, para paixão sem orgasmos
múltiplos ou para o amor mal resolvido sem soluços. Sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo
todo. A palavra é meu inferno e minha paz. Acredito em profundidade e tenho
medo de altura, mas não evito meus abismos, são eles que me dão a dimensão do
que sou” (NUNCA um textinho pronto me definiu TANTO!). Repensando isso,
comecei a fazer interpretações de eventos vividos e logo vem aquela
questãozinha que afronta a maioria das mulheres: Porque a sociedade impõe que
não sejamos nós mesmas? Não estou sendo generalista, mas quantas vezes nos
pegamos bloqueando pequenas atitudes por medo do que outros vão pensar? (inclusive nas redes sociais e inclusive escrevendo
esse texto) e o quanto é difícil apertar o foda-se nessas horas...
Existem algumas mulheres que classifico como MULHERES DIRETAS, e ao mesmo tempo que
me incluo nesse grupo, entendo que ter optado por isso me fez também entrar na
tribo das MULHERES FORTES e são para
essas que escrevo hoje. Ser direta não tem nada a ver com ser mal educada ou ser
vulgar. Ser forte não tem nada a ver com fazer academia, malhar. Também não
estou naquele papinho de ter os “direitos iguais aos dos homens”, pois acredito
que cada sexo tem suas funções e também podemos exercê-las da mesma forma. Até porquê muitas vezes quem olha "estranho" são as próprias mulheres...
Não quero que sejamos julgadas por falar de sexo abertamente, por não sermos
tímidas, por não fazermos “a mitológica boa moça”, por rirmos alto, por
expressarmos o que pensamos, por darmos a cara a tapa e por falarmos tudo em duplo
sentido. Duplo sentido ;). Quero que o nosso sarcasmo, ironia e ousadia sejam respeitados,
assim como respeitamos o ambiente em que nos expressamos.
Há insatisfação? Reclamamos. Estamos com dúvidas? Perguntamos.
O cara é bonito? Admiramos. Deu entrada? Entramos. Não gostamos? Nos retiramos.
Apaixonamos? Demonstramos. Detestamos? Finalizamos, descartamos. Não jogamos. Se escreveu, remeta. Engrossou, se meta. Quer
dever, prometa. Pra moldar, derreta e não se submeta!
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